O trabalho nunca é neutro em relação à saúde, podendo favorecer seja a doença, seja a saúde. Sob esta perspectiva são analisados os determinantes de saúde e doença, focando os riscos relacionados à participação no emprego, em especial em serviços de saúde públicos e privados. Neste estudo, a partir do conjunto dos trabalhadores de serviços de saúde, é feito um recorte para os profissionais da saúde, especificamente os da Enfermagem e da Medicina. Esses serviços públicos e privados são comparados quanto à demanda, disponibilização de equipamentos e chance de adoecer, concluindo-se que, pela desproporção entre demanda e equipamentos disponíveis no setor público, os profissionais estudados tem três vezes mais chance de adoecer que seus colegas do setor privado. São analisadas “por que” e “do que” adoecem esses trabalhadores confirmando que os distúrbios musculo-esqueléticos e os transtornos mentais e emocionais são as principais causas de adoecimento e afastamento do trabalho. Finalizando, chega-se à conclusão que é o sistema de saúde como um todo que está doente, por falta de gestão adequada e gestores competentes e comprometidos com a segurança e saúde no trabalho, fundamentais para o trabalhador e para o usuário - sinopse palestra para a ANAMT - Associação Nacional de Medicina do Trabalho.