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Matéria médica homeopática
Critérios de prescrição
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No dia 21 de Outubro darei uma aula sobre o Organon.
O material pode ser visto aqui: Organon em 17 Lições
Os policrestos de Samuel Hahnemann: é apresentado um resumo organizado dos 24 remédios mais utilizados por Hahnemann como proposta de "porta de entrada" para o estudo da patogenesia de grupo de medicamentos. Ver material aqui
HAHNEMANN GUIMARÃES(Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1901 – Rio de Janeiro, 13 de abril de 1980)
Advogado formado pela Universidade do Rio de Janeiro (1923). Livre Docente de Direito Romano da Faculdade do Rio de Janeiro, por concurso, em 1931. Foi Consultor-Geral da República, de 1941 a 1945, e Procurador-Geral da República, nos anos de 1945 e 1946. Foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal em 1946 pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra e Juiz Efetivo do Tribunal Superior Eleitoral tendo exercido a vice-presidência daquele órgão, no período de 19 de outubro de 1950 a 21 de janeiro de 1953.Em sessão de 7 de dezembro de 1966, foi eleito Presidente do Supremo Tribunal Federal, não aceitando o cargo por motivo de seu estado de saúde. Afastou de suas atividades em 1967. Foi autor de varias teses e artigos.
No Par. 72 do Organon, Samuel Hahnemann ensina que:
“De um modo geral e preliminarmente podemos dizer que o Homem está sujeito a duas categorias de doenças : agudas e crônicas.
A seguir as define. Na concepção hahnemanniana, doença aguda corresponde às
"Manifestações (processos mórbidos) súbitas das alterações da força vital anormalmente perturbada que tendem a completar seu curso de modo mais oumenos rápido, mas sempre o fazem em um tempo moderado“.
A partir daí ele as categoriza e orienta sobre o tratamento.
A Homeopatia e Samuel Hahnemann são alvos frequentes de críticas e desqualificação por parte de pseudo-cientistas ignorantes em relação à Ciência e a Arte Homeopática. Eles não sabem (ou parece não quererem saber) que esta prática médica bicentenári, uma especialidade médica no Brasil desde 1980 está fundamentada na Epidemiologia, na Clínica, na Toxicologia e na Experimentação. Vejam porque eles devem conhecer a Homeopatia e não desqualificá-la.
A Unidade de Homeopatia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo mudou a história da Homeopatia em São Paulo e no Brasil na segunda metade do século passado. Conheça um pouco dessa história e das realizações.
Unidade de Homeopatia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo – UH/HSPM-SP: 15 anos de história (1984 a 1999).
Marcelo Pustiglione
Fundador do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Homeopatia-IBEPH e seu Vice-Presidente de 1984-1990; Coordenador e Orientador Acadêmico da UH/HSPM de 1984 – 1990 e de 1992 – 1999
A história da UH/HSPM-SP começa a ser contada na “Gazeta Homeopática” [1]. Durante os anos 80 do século XX são lançados ou reativados vários periódicos dedicados a divulgar a produção científica [2]. De acordo com LUZ (1996) alguns poucos “periódicos... têm efetivamente essa pretensão...”. Em primeiro lugar cita o periódico semestral do Instituto François Lamasson, de Ribeirão Preto-SP e, em seguida refere “um segundo periódico...(a “Gazeta Homeopática”), órgão do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Homeopatia (IBEPH)...” [2]. PUSTIGLIONE ET AL (1988) fazem um pequeno relato histórico e compartilham a experiência acumulada na estruturação e implantação da UH/HSPM-SP [1]. Os autores justificam desta maneira a criação da unidade: ”devido a falta de recursos, a Homeopatia, cuja proposta de cura suave e duradoura jamais compactuou com os interesses... da sociedade capitalista dominante, foi empurrada cada vez mais à prática isolada dos consultórios. Tal atividade, na melhor das hipóteses, limita a realização de experimentações científicas, reduzindo a Homeopatia-Ciência a, às vezes, duvidosa, experiência pessoal” [1] e continuam “Tornava-se então necessária a criação no Brasil de uma estrutura especializada que viabilizasse, sem ônus para o paciente, a prática da Homeopatia no cumprimento de todas as finalidades básicas de um serviço de saúde: assistência, ensino e pesquisa” [1].
Tal estrutura foi concretizada no dia 30 de novembro de 1984 por meio de convênio firmado entre HSPM-SP e IBEPH, instituição dedicada ao ensino e pesquisa na área da Homeopatia, recém-criada pelos médicos homeopatas e professores universitários Anna Kossak-Romanach e Marcelo Pustiglione.
[Foto 1 – Assinatura do Convênio - no sentido horário: Drª Anna Kossak-Romanach, Dr. Luiz Antonio Nunes (Superintendente do HSPM-SP), Dr. Marcelo Pustiglione e Dr. Renato Aliandro Barros (representante do HSPM na UH).
Surge neste momento importante instituição acadêmica homeopática, o IBEPH, oficialmente fundado em 17 de agosto de 1985 que manteve este convênio até o final do ano de 1991.
[Foto 2 – Reunião de Fundação – em pé, no sentido horário: Farmacêutica Homeopata Maria Isabel de Almeida Prado e os Médicos Homeopatas Renato Aliandro Barros, Flávio Accurcio, Walter Labonia Filho, Marília Monti, Mario Nakagawa e Marcelo Pustiglione (Vice-Presidente); sentados Salvador Romanach (Administrador do IBEPH) e Drª Anna Kossak-Romanach (Presidente) tendo a seu lado os advogados responsáveis pela constituição do Instituto].
A partir de 1992 o IBEPH foi sucedido pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Aperfeiçoamento em Homeopatia (CEPAH) dirigido pelo Dr. Marcelo Pustiglione que geriu a UH-HSPM até o final de 1999, quando foi convidado para estruturar um Programa de Mestrado Profissionalizante em Homeopatia na Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS), inspirado no modelo da UH-HSPM-SP e na visão moderna do CEPAH.
Falando sobre os pesquisadores homeopatas na década de 80 do século XX, LUZ (1996) relata que “Há ainda outros pesquisadores homeopatas trabalhando com pesquisa acadêmica... [como os doutores Marcelo Pustiglione (Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo)...]... relacionada à eficiência e eficácia de tratamentos homeopáticos, utilizando como campo programas de homeopatia em serviços públicos de saúde...” [2]. Esta referência de LUZ reforça a importância histórica da UH/HSPM-SP.
Nosso objetivo neste breve relato é apresentar a estrutura organizacional da UH/HSPM-SP e mostrar alguns dos resultados obtidos.
Método
Foi realizada, em março de 2017, busca de documentos retrospectivos considerados, pelos critérios de origem e autoria, cientificamente autênticos. Foram consideradas como marcos referenciais as publicações e notas constantes no periódico “Gazeta Homeopática - Órgão oficial do IBEPH - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Homeopatia” [1], no período de 1986 a 1989 e referencias históricas [2
Foi realizada, então, análise documental e dentre as informações levantadas, foram consideradas as mais relevantes para a elaboração deste artigo em cumprimento do objetivo proposto. Na redação algumas delas foram organizadas em quadros segundo ordem cronológica e, quando necessário, por tema.
A referência histórica mais relevante deste artigo [2] reforça a importância e validade do periódico referencial quando, discorrendo sobre a “nova ortodoxia” inaugurada pelos “jovens homeopatas” relata que “o resultado positivo dessa discussão exprime-se na quantidade de periódicos que são lançados ou reativados durante os anos oitenta, divulgando a produção homeopática”. Como já referido, neste texto são citados: a revista do Instituto François Lamasson (Ribeirão Preto-SP) e “um segundo periódico... a Gazeta Homeopática...”. Luz salienta que “no editorial do número 3 (vol. 2) de julho/set, 1987 [a bem na verdade a referência correta é esta: Gaz. Hom. v.2 n.3, jul/ago/set, 1987] , de autoria do Dr. Marcelo Pustiglione, intitulado ‘Considerações sobre homeopatia e pesquisa’, podemos ler uma defesa do método homeopático como de base experimental” e reproduz parte do texto publicado [3]: “Hahnemann praticou com brilhantismo inusitado e pioneirismo inconteste, nos séculos 18 e 19, o que hoje se denomina PESQUISA PURA, APLICADA, CIENTÍFICA E DESCRITIVA. Ensaiou teoricamente os passos da PESQUISA EXPLICATIVA e, por um triz deixou de criar um MÉTODO CIENTÍFICO completo há 200 anos, quase 50 anos antes de Claude Bernard” [3].
Resultados
Estrutura legal: a funcionalidade da UH/HSPM-SP era garantida pelo convênio HSPM-SP/IBEPH que mantinha “legalmente uma estrutura ambulatorial que (visava) a prestação de assistência a pacientes sem regime de internação, na área da Homeopatia, bem como, a formação de recursos humanos especializados e realização de pesquisa clínica” [1].
Estrutura física: a UH/HSPM-SP contava com área de recepção e marcação de consultas junto à sala de espera, 12 consultórios, sala de administração e sala de reunião. A planta possibilitava a circulação externa dos pacientes e interna da equipe de atendimento e monitoria, permitindo entrosamento e apoio adequados aos monitores e alunos (ver croquis e fotos) [1].
[Croquis]
[Foto 3 – Recepção da UH/HSPM-SP]
[Foto 4 – Vista do “corredor externo” para acesso dos pacientes aos consultórios]
[Fotos 5 e 6 – Vista do “corredor interno” para transito dos médicos e funcionários de apoio]
[Foto 7 – Consultório com a visão das duas portas, uma para cada corredor]
Estrutura de pessoal – atividades meio: durante o período estudado, a UH/HSPM-SP contava com um escriturário responsável pelo agendamento e controle das consultas e pela gestão do arquivo de prontuários, materiais e equipamentos necessários para a realização das atividades da unidade e um auxiliar de enfermagem responsável pelo apoio ao trabalho médico [1].
Estrutura de pessoal – atividades fim: a equipe de médicos homeopatas era composta por dois chefes e quatro assistentes (um para cada dia de atendimento) responsáveis pela equipe de 10 monitores [1].
Horário de atendimento: segunda a quinta-feira das 16h00 as 20h00 [1].
Características da demanda: regulada por protocolo previamente estabelecido sendo incluídos casos encaminhados por qualquer uma das diferentes clínicas do HSPM-SP com um dos seguintes diagnósticos: acne, alopecia areata, dermatite seborreica, dismenorreia, dispepsias altas, enxaqueca, granuloma de corpo estranho por fio de sutura, insônia, obstipação, rinite crônica, e úlcera duodenal [1].
Dinâmica de atendimento: os pacientes eram atendidos por médico aluno do segundo ano do curso de especialização sob a orientação da monitoria, sendo permitido que, no máximo quatro outros alunos, acompanhassem a consulta. Terminado o atendimento o paciente era dispensado e orientado para buscar a receita na semana seguinte. Os sintomas então eram selecionados e hierarquizados, sendo feita a repertorização e o diagnóstico do “simillimum”. O primeiro retorno era agendado para três semanas após a primeira prescrição; os retornos seguintes são agendados para 30, 60 ou 90 dias. Todos os casos são discutidos no final da jornada em reunião da qual participavam todos os alunos, os monitores, o médico assistente e um dos chefes [1].
Ficha clínica: era utilizada ficha estruturada.
Tempo de consulta: eram destinados 60 minutos para a primeira consulta e de 15 a 30 minutos para os retornos [1].
Técnica de prescrição: todos os pacientes recebiam medicamento único em doses única ou repetidas fornecidos gratuitamente, todos pela mesma farmácia parceira no projeto. Era utilizada a escala centesimal hahnemanniana com dinamização crescente a partir da 6CH até a 200CH, tendo-se como critério mudar a medicação apenas após esgotarem-se as potências; em casos excepcionais, a critério do médico assistente, era possível trocar o remédio antes disso [1].
Produção assistencial, docente e científica: ao longo do período estudado (15 anos de atividade ininterrupta) a UH-HSPM-SP proporcionou o benefício da Homeopatia para milhares de pessoas (foram realizadas cerca de 4mil consultas novas e 17,5mil retornos), especializou cerca de 800 médicos na ciência e arte da cura pelo semelhante e produziu algumas dezenas de artigos (alguns dos quais alinhamos no Quadro 1), além de várias participações em mesas em eventos da especialidade. Além disso, a parceria com o IBEPH impulsionou inúmeras iniciativas homeopáticas em São Paulo, no Brasil e no exterior (as mais relevantes referidas nos Quadros 2 e 3).
Quadro 1 – Produção científica da UH-HSPM-SP publicada no período de 1984 a 1999.
Título
Referência
O diagnóstico em homeopatia
Pustiglione, M. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 1, n.2, p. 3-6, 1986
O potente veneno da abelha
Pustiglione, M.. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 1, n.1, p. 16-22, 1986.
Lilium tigrinum
Pustiglione, M.; Kossak-Romanach, A.; Nakagawa, M. N.. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 1, n.1, p. 12-14, 1986.
Homeopatia em ambulatório-escola - resultados em 200 casos atendidos na Unidade de Homeopatia do HSPM-SP.
Pustiglione, M. In: XVIII Congresso Brasileiro de Homeopatia, 1986, São Paulo, 1986.
Efeito hipnótico de medicamento homeopático e do placebo. Avaliação pela técnica de “duplo-cego”e “cruzamento”. Rev. Ass. Med. Bras. V.33 nº5-6 p. 83-88, mai-jun 1987
Pustiglione, M.; CARLINI, E.A. et all.
Obstipação - resultados em 33 casos tratados com medicamento homeopático.
Pustiglione, M. In: IV Jornada Médica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Pauloi, 1987, São Paulo, 1987.
Homeopatia na atenção primária à saúde - estudos de eficácia
Pustiglione, M.. In: I Encontro de Pesquisas Institucionais em Homeopatia, 1987, Rio de Janeiro, 1987.
Prescrição homeopática: aspectos da doença, do doente e do medicamento.
Pustiglione, M. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 2, n.4, p. 18-21, 1987.
Obstipação: resultados em 33 casos tratados com medicamento homeopático.
Pustiglione, M.; Kossak-Romanach, A. et all. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 2, n.3, p. 8-11, 1987.
Nitroglicerina ou glonoinum
Pustiglione, M.. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 2, n.2, p. 11-20, 1987.
Estudos da eficácia em homeopatia: a hora e a vez!
Pustiglione, M.; Silva, L. M.; Silva, L. M. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 2, n.2, p. 21-24, 1987.
Os alcalóides do ergot e Secale cornutum.
Pustiglione, M. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 2, n.1, p. 21-24, 1987.
Experiência de três anos de um ambulatório-escola homeopático
Pustiglione, M.; Kossak-Romanach, A.. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 3, n.3/4, p. 10-13, 1988.
Exposição teórico-prática de patogenesia.
Pustiglione, M.; Kossak-Romanach, A.; Oliveira, S. R. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 3, n.1/2, p. 13-17, 1988.
Considerações sobre a aplicação da técnica duplo cego cruzado placebo controlado em ensaio clínico com medicamento homeopático.
Pustiglione, M. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 3, n.1/2, p. 3-8, 1988.
Individuação das patogenesias e os policrestos de Hahnemann
Pustiglione, M.. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 4, n.1/2, p. 21-25, 1989.
Dinamização do simillimum necessária para obtenção de resultado clínico: análise de 435 casos
Pustiglione, M.; Kossak-Romanach, A.; Oliveira, S. R.. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 4, n.1/2, p. 18-20, 1989.
Avaliação da ação das altas diluições sucussionadas (ADS) na insônia através da técnica de duplo cego e cruzamento placebo controlada.
Pustiglione, M.; Kossak-Romanach, A. Gazeta Homeopática, Brasil, v. 4, n.1/2, p. 3-13, 1989.
Homeopatia e pesquisa:dificuldades práticas
Pustiglione, M.. Revista de Homeopatia, Brasil, v.56, n.1/4, p.10-15, 1991.
Avaliação comparativa da eficácia dos tratamentos homeopático e convencional em pacientes portadores de tenossinovites.
Pustiglione, M.; Carillo-Jr R.; Ruiz, R. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Homeopatia, Brasil, p. 7, 1992.
Eficácia clínica da homeopatia - abordagem metodológica
Pustiglione, M.; Ruiz, R... Brazilian Homeopathic Journal , v. 1, p. 76-78, 1994.
Homeopatia no tratamento da osteomielite
Pustiglione, M.; Carillo-Jr R.; Ruiz, R.. Revista de Homeopatia, Brasil, v. 59, n.1, p. 34-36, 1994.
“Sexta centesimal – resposta à primeira prescrição”
Pustiglione M.; Carillo-Jr R.; Ruiz R.. Revista de Homeopatia – APH, Vol. 60, nrs.3-4, 1995, p.34-36
Estudo da efetividade do tratamento homeopático de mulheres portadoras de síndrome do climatério.
Pustiglione, M. et all . In: Congresso da Organização Médica Homeopática Internacional, 1996, Buenos Aires, 1996.
Estudo comparativo de eficácia e custo entre tratamento homeopático e clássico em casos de enxaqueca, rinite e asma
Pustiglione, M.; Pezzuol, I. D.; Chencinski, Y. M.; Carillo-Jr, R.. Brazilian Homeopathic Journal , Brasil, v. 3, n.3, p. 430-433, 1997.
Administração de serviços de saúde homeopáticos - doses, potências e escalas - abordagem clínica dos problemas e propostas de solução
Pustiglione, M.. Brazilian Homeopathic Journal , Brasil, v. 3, n.3, p. 415-420, 1997.
Sexta potencia centesimal: resposta à primeira prescrição
Pustiglione, M.; Carillo-Jr R.; Ruiz, R.. Revista Homeopática, Argentina, v. 13, n.35, p. 39-42, 1997.
Tratamento preventivo e curativo com gênio medicamentoso de epidemias de varicela num grupo de crianças em guarda transitória
Pustiglione, M.; Pezzuol, I. D.; Chencinski, Y. M. Brazilian Homeopathic Journal, v. 3, p. 349-349, 1997.
O peso patogenético da toxicologia
Pustiglione, M.; Chencinski, Y. M.; Pezzuol, I. D.. Brazilian Homeopathic Journal , v. 3, p. 354-354, 1997.
O enfoque dos cuidados básicos de saúde nos cursos de pós-graduação para formação de médicos homeopatas
Pustiglione, M.. Brazilian Homeopathic Journal , v. 3, p. 367-367, 1997.
Avaliação gráfica dinâmica do seguimento como base de conduta nas prescrições em homeopatia.
Pustiglione, M.; Carillo-Jr R.; Salles, F. Brazilian Homeopathic Journal , v. 3, p. 442-444, 1997.
Protocolo de pesquisa para revisão bibliográfica das patogenesias
Pustiglione, M.; Marim, M.; Moreira, V. M. S.; Sommer, M.; Dantas, O. M. S.; Biolchini, J. C.; Jesus, J. R. M.. Revista de Homeopatia (São Paulo. Impresso), v. 62, p. 70-77, 1997.
Quadro 2 – Atividades homeopáticas impulsionadas pela UH-HSPM-SP e IBEPH – gestão Anna Kossak-Romanach e Marcelo Pustiglione - no período de 1984 a 1991.
Atividade
Descrição
Tertúlias Homeopáticas
Reuniões científicas com foco na Homeopatia abertas aos profissionais da área da saúde (desde que regularmente inscritos em seus respectivos conselhos) e aos acadêmicos de Medicina realizadas todas as terças-feiras das 20h30 às 22h30 (desde outubro de 1984) no anfiteatro do 9º andar do HSPM-SP; uma das terças-feiras do mês era dedicada sistematicamente à apresentação de casos clínicos.
Gazeta Homeopática – 1986 a 1989
Periódico destinado à divulgação da vivência clínica do IBEPH – artigos, informações e trabalhos originais.
1º Curso de Farmácia Homeopática – 1986
Formação de farmacêuticos homeopatas, realizado em parceria com o Instituto Biológico de São Paulo (laboratório e anfiteatro) – apoiado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF8) coordenado pela Farmacêutica Maria Izabel de Almeida Prado [4].
1º Curso de Introdução à Homeopatia da Faculdade de Medicina de Jundiaí - 21, 23, 28 e 30 de setembro e 5 e 7 de outubro de 1987
Objetivos: apresentar as bases da Homeopatia; discutir as particularidades da especialidade; subsidiar a iniciação de seu estudo; despertar o interesse pela sua prática. Público-alvo: médicos e estudantes de Medicina de Jundiaí e região [5].
Aprovação em Concurso Público - Janeiro de 1988
Anna Kossak-Romanach aprovada em concurso para Professor Titular da Disciplina de Clínica Homeopática do Departamento de Estudos Homeopáticos da Universidade do Rio de Janeiro [6].
Homeopatia como disciplina de Programa de Mestrado - Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto – agosto a novembro de 1988
Disciplina Homeopatia básica aplicada à patologia clínica (60 horas) como parte do Curso de Pós-Graduação (stricto sensu) em Ciências Biológicas realizado pela Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto [7].
Introdução da Homeopatia na Central de Medicamentos (CEME) - 1988
Participação no projeto de introdução da Homeopatia na CEME do Ministério da Saúde [8].
Quadro 3 – Atividades homeopáticas impulsionadas pela UH-HSPM-SP e CEPAH – gestão Marcelo Pustiglione - no período de 1992 a 1999.
Atividade
Descrição
Aprovação em Concurso Público - Agosto de 1991
Marcelo Pustiglione – aprovado para Professor Livre Docente da Disciplina de Clínica Homeopática do Departamento de Estudos Homeopático da Universidade do Rio de Janeiro.
Curso de Especialização em Homeopatia na cidade de Porto Alegre-RS – 1992 a 1999
Estruturação e realização de curso de especialização em Homeopatia para médicos.
Movimento “Homeopatia Hoje”
Movimento científico-literário e cultural, desenvolvido no período de 1992 a 1995 sob a coordenação acadêmica de Marcelo Pustiglione tendo como resultado:
(*) Dois Encontros Internacionais (São Paulo-SP, 1992 e Itú-SP, 1993).
(*) Publicação de 11 Módulos de Instrução Continuada elaborados de acordo com o currículo mínimo para formação de médicos especialistas em homeopatia da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB): Módulo I – Introdução à Homeopatia; Módulo II – Concepção hahnemanniana de doença; Módulo III – Semiologia homeopática; Módulo IV – Clínica homeopática; Módulo V – Os policrestos de Hahnemann; Módulo VI – Policrestos complementares 1; Módulo VII – Policrestos complementares 2; Módulo VIII – Grandes síndromes pediátricas; Módulo IX – Grandes síndromes ginecológicas; Módulo X – Grandes síndromes clínicas 1; e Módulo XI – Grandes síndromes clínicas 2.
(*) Publicação de texto sobre Proctologia e Homeopatia – autor Marcelo Pustiglione, 1994.
(*) Publicação do Organon da arte de curar de Samuel Hahnemann – versão para o português sistematizada e comentada – autor Marcelo Pustiglione (co-autoria; Romeu Carillo Jr.), 1994.
Mestrado profissionalizante em Homeopatia
Em 1998, graças ao sucesso da parceria CEPAH/HSPM-SP e os resultados da UH/HSPM-SP, seu coordenador foi convidado pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS) para estruturar um Programa de Mestrado Profissionalizante em Homeopatia que, autorizado pelo MEC, foi realizado no período de 1999 a 2004.
Conclusão
Nas duas fases do período estudado (gestão IBEPH e gestão CEPAH), a UH/HSPM-SP representou um espaço diferenciado no desenvolvimento da Homeopatia considerando o tripé docência-assistência-ciência em São Paulo e no Brasil, tendo sido pioneira nos estudos caso-controle avaliando resultados clínicos de medicamentos e potências. Concomitantemente sustentou cursos de formação de médicos e farmacêuticos homeopatas, além de incluir a Homeopatia em cursos de pós-graduação estrito senso. Experiência reconhecida por muitos estudiosos da área, merece ficar na memória histórica da Homeopatia brasileira.
Bibliografia
1. Pustiglione M, Kossak-Romanach, A. Experiência de 3 anos de um ambulatório-escola homeopático. Gaz.Hom. v.3, n. 3/4,jul-dez, 1988.
2. Luz, MT. A arte de curar versus a ciência das doenças : história social da homeopatia no Brasil. São Paulo : Dynamis Ed., 1996.
3. Pustiglione M. Considerções sobre Homeopatia e Pesquisa. Gaz.Hom. v.2 n.3,jul/ago/set, 1987.
4. São Paulo – IBEPH. IBEPH forma sua 1ª turma de farmacêuticos homeopatas. Gaz Hom, v.1 (2) out/nov/dez, 1986.
5. São Paulo – IBEPH. I Curso de introdução à Homeopatia da Faculdade de medicina de Jundiaí. Gaz Hom, v.2 (3) jul/ago/set, 1987.
6. São Paulo – IBEPH. Anna Kossak-Romanach: professor titular da Disciplina de Clínica Homeopática do Departamento de Estudos Homeopáticos da Universidade do Rio de Janeiro. Gaz Hom, v.3 (1/2) jan/jun, 1988.
7. São Paulo – IBEPH. Homeopatia no Curso de pós-graduação em Ciências Biológicas da Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto. Gaz Hom, v.3 (3/4) jul/dez, 1988.
8. São Paulo – IBEPH. Cartas, ofícios e documentos. Gaz Hom, v.3 (3/4) jul/dez, 1988.
O que não consta na biografia deste grande e culto brasileiro é que ele era, como se dizia na época, um “adepto” da Homeopatia por considerá-la barata e eficiente. Isto pode ser verificado em algumas cartas coletadas em a “Barca de Gleyre” [*1].
Reproduzimos abaixo uma delas, exatamente aquela em que Lobato, em 1912, relata a Rangel [*2] quando e porque “aderiu” à Homeopatia.
Entre os anos de 1984 a 1999 fomos o responsável acadêmico dos Cursos de Especialização em Homeopatia em São Paulo-SP (IBEPH de 1984 a 1991 e CEPAH de 1991 a 1999) e Porto Alegre-RS (CEPAH de 1992 a 1999). Ciente da dificuldade do estudo das patogenesias me dediquei a preparar textos de teatro que retratavam os medicamentos homeopáticos. Alguns alunos eram os atoresque apresentavam para os colegas que deviam identificar cada personagem ao medicamento representado. Atividade lúdica, integrativa e muito instrutiva. “A viagem” foi a primeira. Por ocasião do IV Simpósio Nacional –e Encontro Internacional- de Pesquisas em Homeopatia (IV SINAPIH) realizado em São Paulo de 23 a 25 de setembro de 1993 esta atividade foi aplicada aos participantes oferecendo um “Repertório de Sintomas” como prêmio para quem acertasse todos os medicamentos. Vejam em anexo o “programa”.
Se nos dias de hoje, inaugurando o século XXI e o terceiro milênio, ainda contamos com poucos médicos homeopatas, no final do século XIX e início do século XX a sociedade contava com pequeno número de especialistas na ciência e arte de curar pelo semelhante. Assim, a população que rapidamente havia percebido as propriedades curativas da Homeopatia, buscava nas farmácias medicamentos prontos. Tratava-se de mistura de medicamentos homeopáticos (os “complexos”), veiculados em glóbulos ou tabletes, indicados para determinadas doenças (os “específicos”). Obviamente não reflete a prática desejada, mas sustentou a Homeopatia até que a quantidade de médicos especialistas foi aumentando. Muitos deles estavam mais para fitoterápicos em baixas concentrações... Esta era a prática dos “ecléticos”...!
Joaquim Manoel de Macedo era médico. Formado em 1844 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atual Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro - UFRJ) nunca exerceu a profissão, pois no mesmo ano de sua formatura publicou seu primeiro romance: “A moreninha” que teve um sucesso estrondoso. A partir daí dedicou sua vida à literatura, tornando-se o autor mais lido no Brasil de sua época. Sua obra representa o pensamento e o comportamento da classe média carioca que habitava a corte em meados do século XIX.